segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Satélite meteorológico GOES-12 servirá o Brasil

Satélite meteorológico GOES-10 será substituído por GOES-12 em dezembro

(INPE / Panorama Espacial) Controlado pela Administração Nacional do Oceano e Atmosfera (NOAA), dos Estados Unidos, o satélite meteorológico GOES-10 é utilizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) para a previsão do tempo. O satélite será desativado no dia 1º de dezembro, quando não terá mais combustível para se manter em correta posição orbital.

Geoestacionário, o GOES-10 está localizado em 60W para cobrir toda a América do Sul e fornecer imagens a cada 15 minutos. O satélite GOES-12, que substituirá o GOES-10, está localizado a 75W e poderá cobrir a América do Sul a cada 30 minutos. Porém, a NOAA pode optar por imagear somente os Estados Unidos em casos de tornados, furacões ou tempestades severas naquele país. Mesmo nestas circunstâncias, imagens da América do Sul a cada 3 horas estão garantidas por acordo com a Organização Mundial de Meteorologia (WMO). As imagens são gratuitas.

O INPE informa que o recebimento de imagens a cada 3 horas é suficiente para gerar dados a seus modelos numéricos computacionais, assegurando a mesma qualidade nas previsões de médio e longo prazo. Com imagens a cada 3 horas, o impacto seria no monitoramento da atmosfera para previsão de curto prazo (24 horas). Segundo os especialistas do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do INPE, a previsão de curto prazo é mais subjetiva e se utiliza de parâmetros do satélite que permitem acompanhar o desenvolvimento das tempestades, por exemplo, exigindo informações em intervalos menores de tempo.

Caso esteja recebendo as imagens do GOES-12 a cada 30 minutos, como deverá ser a rotina, a previsão de curto prazo do INPE terá a mesma qualidade que se tem hoje, pois imagens a cada meia hora são suficientes para um monitoramento preciso de chuvas, entre outros parâmetros avaliados pelos meteorologistas.

Embora a troca de GOES-10 para GOES-12 tenha exigido mudança de antena de recepção e na forma de processamento e geração de produtos, o CPTEC/INPE está preparado e não haverá interrupção nos serviços. A expectativa é boa pelo novo satélite, uma vez que o GOES-10 vinha apresentando problemas de navegação e com o GOES-12 as imagens deverão ser mais precisas.

Da mesma forma que em 2007 o GOES-10 foi deslocado para cobrir preferencialmente a América do Sul, tendo o INPE como responsável pela geração e disseminação dos dados, o GOES-12 estará reposicionado a partir de maio de 2010.

Para saber mais sobre como é feita a previsão do tempo, acesse http://www7.cptec.inpe.br/glossario/, onde está descrita a rotina de operação meteorológica do CPTEC/INPE.

Satélite próprio
Para deixar de depender de instrumentos estrangeiros, o Brasil precisa desenvolver seu próprio satélite geoestacionário dedicado à meteorologia. Atualmente o Brasil, por meio do CPTEC/INPE, realiza a geração, gravação e disseminação dos produtos gerados pelos satélites GOES, porém o controle destes é dos Estados Unidos.

O INPE, ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, já desenvolve satélites de sensoriamento remoto para observação da Terra. Embora o custo de um satélite geoestacionário seja da ordem de 400 milhões de dólares, os especialistas do INPE consideram que o retorno em produtos e serviços essenciais à sociedade justifica o desenvolvimento de um satélite próprio.

Fumaça e poluição provocam chuva ácida em Manaus (AM)


(Apolo11) Há meses a qualidade do ar em Manaus, capital do Amazonas, vem sendo prejudicada por conta da fumaça gerada com frequência pelos focos de queimadas ao redor da região. Com as chuvas abaixo da média nesta época do ano, a névoa formada pela fumaça e a poluição não se dissipa.

As partículas da fumaça das queimadas associadas a gases como o dióxido de carbono emitido pelos veículos, resultaram na ocorrência de uma chuva ácida na última quinta-feira (26). De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o fenômeno costuma se agravar sobre a capital e outras cidades do Estado no período da estiagem prolongada.

Os poluentes gerados pelos veículos, mas principalmente pelas queimadas, evaporam junto com a água em direção a atmosfera. Ao se juntarem, congelam nas baixas temperaturas e se precipitam em forma de chuva ácida.

“A chuva ácida ocorre todos os dias em determinadas regiões do País. Em São Paulo, por exemplo, quase todos os dias há o registro de chuva ácida, mas o nome é pouco usado para não causar impacto maior na população. Manaus passa pelo mesmo processo”, explica a gerente do Inmet, Lúcia Gularte.

As implicações são diretas para o meio ambiente e para a saúde humana. O fenômeno tem impacto desfavorável sobre as florestas, elevando a acidez no solo e na água dos rios e lagos, destruindo plantações e podendo causar a morte de insetos, peixes e animais.

Além disso, a precipitação ácida tem poder corrosivo sobre edifícios e estruturas expostas ao ar livre. Existem ainda estudos epidemiológicos que sugerem uma ligação entre a acidez atmosférica e a saúde da população.

O que fazer para evitar a chuva ácida? A resposta parece simples: diminuir a quantidade dos poluidores na atmosfera. A redução dos focos de queimadas já pode ser um bom começo.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

A Necessidade de satélite meteorológico próprio

Brasil tem dez dias para apresentar proposta de uso de satélite americano

(Rede Bandeirantes / Panorama Espacial) Os Estados Unidos pedem ao governo brasileiro que apresente em dez dias uma proposta para o uso de um novo satélite americano destinado à previsão do tempo. Reportagem de Marcelo Freitas, BandNews FM, revelou na segunda-feira com exclusividade que o GOES-10, principal satélite de monitoramento climático da América do Sul, vai ser desativado em dezembro.

As imagens meteorológicas, atualmente atualizadas a cada 15 minutos, passariam a ser recebidas em até três horas, e haveria prejuízo à agricultura, previsão de tempestades, enchentes e queimadas. Mas ao contrário do que ocorreu há dois anos, quando o equipamento foi liberado de graça, os americanos querem cobrar para reposicionar o satélite substituto, chamado de GOES-12.

O ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Resende, mantém contato com o governo americano desde a semana passada, embora tenha sido informado da desativação do satélite há cinco meses.

Resende nega que as previsões do tempo serão prejudicadas: “Isso não vai acontecer. Eu infelizmente não posso adiantar mais detalhes agora, mas isso não vai acontecer e o Inpe tem segurança de que vai ter as informações para as suas previsões meteorológicas”.

Satélite próprio
O pesquisador do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Carlos Nobre, classifica que é errado um país com as dimensões do Brasil não tenha um satélite próprio. “É uma grande perda na nossa capacidade de previsão de tempo. Isso precisa ser dito. É caro um satélite? É caríssimo, mas nós não podemos abrir mão de ter autonomia nisso”.

O professor da Universidade Federal de Alagoas, Humberto Alvez Barbosa, alerta que a desativação do satélite ocorre num período de chuvas e que isso preocupa muito.

Existem, atualmente, dois projetos de construção de satélites meteorológicos brasileiros: o Cyber 3 tem a previsão mais otimista de lançamento para o espaço em 2011 e o Amazônia 1 está há dois anos em fase de estudos.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Tempo: Principal satélite que monitora o Brasil será desativado

Satélite geoestacionário GOES-10 antes de ser colocado em órbita, quando ainda mantinha a designação GOES-K.


(Apolo11) Os institutos de previsão do tempo do Brasil e da América do Sul não vão poder mais contar com as informações geradas diariamente pelo satélite ambiental Goes 10. De acordo com a Agência Atmosférica e Oceânica dos EUA, NOAA, o satélite será desativado até o fim de dezembro, uma vez que seu combustível chegou ao fim.

Lançado em 1997 com o objetivo de substituir o satélite GOES-9 no monitoramento do clima sobre a costa oeste dos EUA, o Goes 10 foi substituído em 2006 pelo seu gêmeo GOES 11 e até agora tem sido mantido como equipamento de backup no caso de falha dos satélites GOES 11 e GOES 12, os mais importantes satélites de monitoramento sobre os EUA.

Na função de reserva, o satélite foi movido pelo governo americano para a longitude de 60 graus oeste, acima da divisa entre Roraima e o Amazonas e se tornou o principal equipamento de monitoramento das condições do clima na América do Sul e Brasil.

Ao contrário do que foi publicado em sites não especializados, os EUA não vão derrubar o satélite. O artefato está posicionado a 36 mil km de altitude acima da linha do equador e antes que esgote sua fonte de combustível será elevado algumas centenas de quilômetros, em uma região conhecida como cemitério de lixo espacial. Ali, devido ao arrasto na atmosfera ser muito menor que nas baixas altitudes, o GOES-10 levará milhares de anos para retornar à Terra, além de não representar riscos de colisão com outros equipamentos em órbita.

Consequências
Depois que for desativado, o Brasil voltará a utilizar as imagens geradas pelo satélite GOES 12, localizado acima do meridiano 75 W (sobre a tríplice fronteira entre Peru, Equador e Colômbia) e otimizado para registrar as condições climáticas da costa leste dos EUA e Caribe.

Imagem captada da América do Sul no dia 25 de novembro de 2009 mostra uma frente fria em aproximação ao Rui Grande do Sul. Créditos: NOAA/GOES/INPE-CPTEC-DSA/APOLO11.
Com a troca, o Brasil perderá a agilidade necessária na observação do tempo. Enquanto o satélite Goes 10 envia imagens ao país com intervalo de 15 minutos, o Goes 12 transmite imagens de três em três horas dessa parte do hemisfério, tornando as decisões sobre as mudanças do tempo mais complexas e sujeitas a mais erros.

Segundo o coordenador do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Inpe, Luis Augusto Machado, o monitoramento do tempo em algumas áreas será severamente prejudicado. “Os satélites geram informações digitais que são transformadas em dados, como campos de vento, estimativa de preciptação, detecção de queimadas e outros. Com a mudança, todas essas aplicações ficarão comprometidas”, explicou.

Atualmente, o índice de acerto da previsão do tempo no Brasil não supera 85%, mas sem ajuda do Goes 10 esse número poderá cair até para 45%.

Dependência
Apesar dos EUA não cobrarem pelo uso das imagens geradas por sua constelação de satélites GOES, a falta de tecnologia e investimento do Brasil no setor nos deixa totalmente dependente dos norte-americanos. A construção de um satélite nacional demoraria entre cinco e seis anos a um custo estimado de R$ 600 milhões, mas o orçamento médio anual da Agência Espacial Brasileira, AEB, nunca ultrapassou os R$ 300 milhões desde 2005.

Resta saber se até a Copa de 2014 ou às Olimpíadas em 2016, o Brasil já terá preenchido essa lacuna espacial, livrando o país de uma dependência tecnológica burra que nem países mais pobres como Índia ou Paquistão possuem.

Satélite mostra novo ressurgimento do fenômeno El Niño

Gráfico construído com dados do satélite Jason-2 da missão OSTM mostram uma grande área do oceano Pacífico com elevação de até 180 milímetros acima do nível médio, revelando um reaquecimento das águas do oceano provocado pelo fenômeno El Niño. Crédito: NASA/Jet Propulsion Laboratory Ocean Surface Topography Team.
(Apolo11) Medidas recentes do nível médio do mar feitas pelo satélite Jason-2, da Nasa, mostram que uma grande onda de água aquecida, conhecida como onda Kelvin, se espalhou desde o Pacífico ocidental até as porções centrais e orientais do oceano, indicando um novo fortalecimento do fenômeno El Niño. A onda quente aparece como uma grande protuberância maior que o nível médio normal, se propagando desde 170 graus leste a 100 graus oeste de longitude.

A anomalia pode ser vista nesta imagem, criada com dados coletados pela missão de topografia marinha OSTM/Jason-2 durante os primeiros dias de novembro de 2009. Na cena, as áreas brancas e vermelhas indicam uma elevação entre 100 e 180 milímetros acima do nível médio na região do Pacífico central, enquanto no oeste do Pacífico equatorial a anomalia se inverte, com os tons roxos e azuis revelando áreas com depressões entre 80 e 150 milímetros.

Altura da superfície do mar é uma indicação clara da elevação da temperatura, uma vez que a água expande-se ligeiramente à medida em que se aquece e contrai-se quando resfria. Segundo os dados coletados, a elevação na altura do nível do mar no Pacífico central e oriental indica uma anomalia térmica entre1 e 2 graus Celsius na temperatura do oceano.

A onda Kelvin foi desencadeada por um enfraquecimento em larga escala dos ventos alísios no Pacifico ocidental e equatorial central durante o mês de outubro. Essa mudança perturba não só as correntes de superfície, mas também a circulação do oceano profundo com influência direta sobre a termoclina, a fronteira entre as águas mais quentes da superfície do mar e as águas frias em níveis mais profundas. Um evento similar e mais fraco que teve início em junho de 2009 disparou e sustentou o fenômeno El Niño, ativo até agora.

Apesar de El Niño significar períodos de seca em algumas partes do mundo, em outros lugares pode trazer alívio. No oeste americano, por exemplo, fortemente castigado pela seca que atinge a região, a notícia de um ressurgimento do El Niño pode ser uma agradável surpresa, aumentando as possibilidades de chuva e queda de neve.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

15 anos do CPTEC/INPE

Meteorologia do país se modernizou nos últimos anos com o CPTEC/INPE

(INPE / Panorama Espacial) Nesta terça-feira (24/11), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) comemora os 15 anos do seu Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) em evento que inicia às 14 horas, ocasião em que receberá diversas autoridades e cientistas na Unidade Regional de Cachoeira Paulista (SP), onde está instalado o CPTEC/INPE.

Em 1994, a Meteorologia brasileira deu um salto de qualidade, com a introdução da modelagem numérica do tempo pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), fazendo uso de um potente supercomputador para os padrões da época. O Brasil passaria a fazer parte de um seleto grupo de países que passaria a gerar previsões de tempo a partir de modelos processados em máquinas de alto desempenho computacional.

Da inauguração do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, do INPE, até hoje, a confiabilidade das previsões de tempo aumentou, ultrapassando os 90% de acerto para três dias. A qualidade das previsões também melhorou. Atualmente, é possível fazer previsões para a América do Sul com modelos regionais de alta resolução espacial, de 15 quilômetros quadrados, que detalham as condições meteorológicas para localidades próximas. O acesso crescente à homepage das previsões de tempo por cidade, com quase 30 milhões de visitas neste ano, demonstra a força dos desenvolvimentos do CPTEC/INPE.

Apesar desta grande evolução em tão pouco tempo, o CPTEC/INPE bem como todo o sistema nacional de meteorologia, segundo o coordenador do CPTEC/INPE, Luiz Augusto Machado, enfrenta novos desafios. Os desastres naturais - relacionados ao excesso ou à escassez de chuvas, vendavais, tornados, tempestades, entre outros eventos – estão impondo uma nova demanda de recursos e produtos meteorológicos que deverão atender a uma série de necessidades, uma delas o planejamento de ações de mitigação a possíveis impactos destes eventos às populações em áreas de risco.

Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), a estimativa é de que os prejuízos provocados por desastres naturais no mundo, relacionados ao tempo, clima e água, são da ordem de US$ 100 bilhões por ano, provocando 100 mil mortes. A entidade ligada a ONU afirma que os estragos seriam maiores sem os atuais serviços meteorológicos. A OMM calcula ainda que 30% da economia dos países desenvolvidos e industrializados são suscetíveis aos desastres naturais, índice que se amplia nos países em desenvolvimento, como o Brasil, cuja base econômica está centrada nas atividades agrícolas.

Por outro lado, defende Machado, “os ganhos proporcionados pela boa qualidade dos produtos da meteorologia são expressivos e podem alcançar níveis mais altos com o contínuo investimento na área”. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), que completa neste mês 100 anos de fundação, o uso das previsões de tempo representa atualmente um ganho de US$ 2 bilhões para a economia do país. Deste total, estima-se que US$ 650 milhões são obtidos somente na agricultura, que faz um uso intensivo das previsões para o planejamento das diferentes etapas do ciclo dos produtos agrícolas.

Segundo Eduardo Assad, chefe da Embrapa Informática Agropecuária, o acompanhamento das previsões é considerado estratégico à aplicação de defensivos agrícolas e fungicidas, implementada de acordo com condições meteorológicas específicas. De acordo com o pesquisador, as perdas na agricultura devido aos extremos meteorológicos ultrapassam os U$ 20 bilhões por ano no país.

Investimentos
Para o CPTEC/INPE, os investimentos para os próximos anos deverão ocorrer nas seguintes áreas: atualização do supercomputador; desenvolvimentos de assimilação de dados (aos modelos de previsão), com reforço de recursos humanos e desenvolvimentos computacionais; maior uso de satélites meteorológicos; e ampliação e integração de um sistema de radares meteorológicos. O CPTEC/INPE coordenou a elaboração de um projeto para o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) que prevê a implementação de um sistema de radares cobrindo boa parte do território brasileiro. Os radares são essenciais para o acompanhamento de sistemas convectivos e, portanto, na prevenção de desastres naturais, por excesso de chuvas.

Segundo o coordenador do CPTEC/INPE, os principais desafios colocados para os próximos anos são: aperfeiçoar a assimilação de dados; melhorar a confiabilidade das previsões climáticas sazonais para até 3 meses; desenvolver a previsão em alta resolução, incluindo a descrição da micro-física das nuvens e acoplar os modelos oceânicos, hidrológicos e químicos ao modelo de previsão de tempo.

Mais informações sobre a comemoração dos 15 anos do CPTEC/INPE na página http://www7.cptec.inpe.br/~rwww/15anos/

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

"Ida" perde força e se torna tempestade tropical

(Efe / Terra) O "Ida" continuou hoje perdendo mais força do que o previsto nas águas do Golfo do México, até perder a intensidade de furacão e se transformar em uma tempestade tropical, informou o Centro Nacional de Furacões (NHC, em inglês), em Miami.

O fenômeno, que causou pelo menos 124 mortos em El Salvador e danos consideráveis na Nicarágua e em Honduras, se movimenta a 28 km/h e arrasta ventos de 110 km/h.

O NHC prevê que "Ida" alcançará terra na noite da segunda-feira ou na madrugada da terça-feira como uma tempestade tropical, e não como furacão, como tinha previsto há algumas horas.

Os avisos de furacão no litoral norte do Golfo do México foram cancelados e continuam os avisos de tempestade tropical de Grand Isle (Louisiana) até Aucilla (Flórida).

O centro do furacão "Ida" estava por volta das 14h de Brasília 300 quilômetros ao sudeste da desembocadura do Rio Mississipi e a 460 quilômetros de Pensacola (Flórida).

Tripulação da Estação Espacial fotografa formação de nuvens sobre a Amazônia

Imagem capta área que vai do Rio Madeira em direção à Bolívia.
Leque de visão oeste-sudoeste é a partir da Bacia Amazônica.

ISS/Johnson Space Center

(G1) Imagem divulgada nesta segunda-feira (9) pela Nasa mostra um horizonte repleto de nuvens sobre a Amazônia. O registro, obtido pela tripulação da Estação Espacial Internacional (ISS) a partir da Bacia Amazônica "olhando" para oeste-sudoeste, mostra o Rio Madeira e, à frente, um paredão atmosférico, bastante carregado de nuvens. A área equivale ao retângulo da imagem abaixo, captada cerca de 20 minutos antes pelo satélie GOES (de Geostationary Operational Environmental Satellite). As formações circulares visíveis na foto equivalem à fase final de tempestades.

Nasa

Ida deixa mais de 100 mortos e segue pelo Golfo do México

Furacão Ida no momento em que atingia a região de El Salvador, próximo a Península de Yucatán, na tarde de 7 de novembro de 2009.
(Apolo11) O furacão Ida provocou a morte de pelo menos 124 pessoas durante sua passagem por El Salvador, informaram as autoridades locais. A tormenta ganhou força no mar do Caribe, próximo a Península de Yucatán e chegou a categoria 2 na escala Saffir-Simpson neste sábado (7).

Em El Salvador, as chuvas torrenciais provocaram deslizamentos de terra e inundações. O governo declarou estado de emergência nacional. Cerca de 60 pessoas ainda estão desaparecidas e o número de vítimas fatais poderá aumentar. O presidente, Mauricio Funes, declarou neste domingo (8), que a magnitude dos danos é incalculável por enquanto.

De acordo com o último boletim divulgado pelo Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos, Ida desloca-se com ventos de 144 km/h com rajadas maiores e foi rebaixado para a categoria 1.
Previsão do caminho a ser seguido pelo furacão nos próximos dias, quando atingirá estados americanos na costa norte do Golfo do México. Crédito: Nasa/Modis Rapid response Team/NOAA/National Hurricane Center.


O furacão deve se movimentar sobre o Golfo do México entre hoje e amanhã. O centro da tempestade está localizado cerca de 605 km ao sul da Península da Flórida. A velocidade do sistema está em 26 km/h. O NHC prevê um aumento na velocidade dos ventos nas próximas 24 horas.

Um aviso de furacão permanece em vigor para a Península de Yucatán, onde está localizado o balneário turístico de Cancun. Ida também ameaça a costa de estados americanos no norte do Golfo do México.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Tempestade tropical Ida se forma no Caribe e ameaça a Nicarágua

(Reuters / Estadão) A tempestade tropical Ida se formou nesta quarta-feira no litoral leste da Nicarágua, no Mar do Caribe, e poderá provocar perigosos deslizamentos de terra e inundações, informou o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos.

A tempestade deverá atingir a costa nicaraguense durante a noite desta quarta-feira e poderá provocar chuvas torrenciais no leste do país da América Central, afirmou o Centro com sede em Miami.

O fenômeno Ida registrava ventos máximos de 95 quilômetros por hora e poderá provocar até 64 centímetros de chuva na Nicarágua e em Honduras, informou o Centro, acrescentando que a tempestade poderia ganhar mais força antes de tocar a terra.

"Essas chuvas poderiam produzir inundações repentinas e deslizamentos potencialmente mortais", disse o Centro em um comunicado.

Nuvens negras se formaram sobre a capital da Nicarágua, Manágua, antes da chegada da tempestade Ida, que não deve ameaçar os pés de café, disse o diretor técnico do conselho de café da Costa Rica, Luis Osorio.

Os alertas de tempestade tropical estão vigentes para o leste da Nicarágua e algumas ilhas próximas que pertencem à Colômbia.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Autoridades chinesas provocam neve artifical para aliviar seca

Homem caminha sobre a neve que caiu na capital chinesa em 1 de novembro de 2009. Crédito: Agência oficial de notícias Xinhua/Jin Liangkuai

(Apolo11) A neve chegou mais cedo à capital da China este ano, provocada de forma artificial numa tentativa das autoridades de aliviar os efeitos da seca prolongada no país.

O Observatório Meteorológico Municipal de Pequim emitiu um alerta de forte queda de temperatura na noite do sábado (31), de acordo com informações da agência oficial Xinhua. O domingo amanheceu coberto pela neve e muita gente foi pega de surpresa. Houve problemas no trânsito por conta das pistas escorregadias que provocaram acidentes.

Esta não é a primeira vez que a China decide interferir nas condições meteorológicas recorrendo a metódos artificiais.

Para combater a seca em fevereiro deste ano, soldados do Exército chinês lançaram na atmosfera 400 litros de nitrogênio líquido. Enquanto outros, lançaram foguetes de iodeto de prata, que em contato com a nuvem libera hidrogênio. Este por sua vez, em contato com o oxigênio, produz água ou neve.

Recentemente o governo chinês utilizou métodos semelhantes durante as festas de comemoração do aniversário de 60 anos da República Popular da China. Foram usadas algumas medidas artificiais para dispersar nuvens de chuva em Pequim.

Filipinas enfrenta mais destruição com tufão Mirinae

Tufão Mirinae, registrado pelo satélite de sensoriamento remoto Aqua em 30 de outbro de 2009, quando a tormenta se aproximava das Filipinas, vista à esquerda da cena. Crédito: NASA MODIS Rapid Response Team

(Apolo11) A quarta tormenta a atingir as Filipinas no oceano Pacífico, em menos de um mês, provocou mais inundações e destruição no país. O tufão Mirinae passou pelas Filipinas na madrugada do sábado (31) e deixou até o momento 14 mortos, vários desaparecidos e milhares de desalojados, segundo balanço das autoridades locais.

Mirinae provocou ventos de 185 km/h e obrigou o governo retirar 115 mil pessoas de suas casas em nove províncias do país asiático. Outras 120 mil pessoas permanecem em abrigos públicos ainda em decorrencia das tempestades anteriores.

Em Manila a água invadiu a cidade e deixou muitas casas submersas. Nos arredores da capital, até cemitérios ficaram alagados e visitantes tiveram que usar barcos.

Nesta segunda-feira, o tufão Mirinae desloca-se pelo Pacífico com ventos sustentados de 104 km/h. A tempestade move-se rumo oeste com velocidade de 7 km/h.